terça-feira, 15 de abril de 2008

o que restou da poesia do passado

Palavras são lâminas
faca de dois gumes
Mais afiadas que essas que cortam legumes

Tenho palavras a falar
pra gritar,cortar,sangrar
No poder uma arma astuta
que doi mais na garganta de quem as prende
do que no ouvido que as escuta

é,
quem cala
se arrepende.

...


Me embreaguei,
Bebendo aos poucos
pequenos goles.
Deixava que cada gota se unificasse a minha saliva
Sabor que não enjôo,
Mas qual a bebida?

Tive de repente,
saudade da bebida que estava bebendo.
Tive saudade
e tentei lembrar que gosto me faltava
Não era doce,
Tão pouco amarga.

Sabor de silêncio que não falava
apenas urrava
os gemidos sordidos
de quem quer calar.

O meu prazer é fugaz
e se desfaz em meio aquoso

fui procurando entre copos e móveis
e me deparei....
com a fadiga fálica
de um outro alguem

...


Esse reflexo lunar faz com que ela me chame para olhá-la
Noites de lua cheia na cidade.
Se faz em mim
o ar campestre.
Por entre prédios de alto-baixo nível
e folhagens dos arvoredos que restam,
te vejo

Ó nobre luz vermelha,
áurea de sol
Ares em dós
Em dores sós,
Solidão.

Se o lado escuro da lua não fala sobre o mesmo,
Falar-te-ei
Desse lado que não vês,
nunca viu e nem irá os olhos tocar,
Dessa desluminosidade que só a mim consome.
Porque o coelho sorridente quer mostrar
só o que brilha, que ilumina
te iluminar

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