domingo, 31 de janeiro de 2010

Te ninar.

As tristezas das tardes de domingo se fizeram mais uma vez. O vento insistente em trepidar pelas frestas- que por anos tocaram minhas costas- continuam a ter o conforto frio da solidão.
Observo o teu dormir trucado e relembro as noites que procurei em teus braços abrigo. Casa de taipa de estrutura firme e sólida. Argila moldada com caricias de seu amor oceano, cascalhos poucos para o passar de tantos anos. Meu lar simplório que sempre encontrei após o ruir das correntezas, enormes pés rachados por tê-los na terra constantemente. Tua menina cresceu, junto com minhas asas chegaram as tuas: Voemos.
Choro sem pertubar o teu sono, penso que em poucas fases da lua não terei o prazer de te encontrar em sonambulismos famintos, sei que teus braços de manjedoura não estarão no quarto ao lado.
Ví a capa que tens por ser um super homem caí. Olhei pra teu rosto e te vi homem que sente e amargura mágoas como eu.

Que sonhes com a liberdade, ó pai.

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