domingo, 10 de janeiro de 2010




Como quem sente onde os pés querem levar, fui. O cigarro, o café e os farelos dos mitos pelo chão, pés descalços.
Toquei o solo de pedras e águas sem sal. Doces sorrisos, portas abertas e corações.
Como bom cachorro vira-lata que sou, logo me dôo a carinho pouco. A mãe zelosa, o alquimista, a malandragem refinada, o dourado do cabelo e pele gentis, a luz daquele que poderia lumiar minha solidão, a eterna companheira, os olhos profundos, o menino-homem bom... Alma de pessoas boas, respondo-te onde estão.
Da dura rocha oculta em mim brotou a flor esquecida. A fé e o amor de pétalas brancas e brandas como a brisa fria daquelas noites que tocava o meu rosto e esquentava o meu pulsar.
Sentir-se pequena, perceber o vazio que em mim se faz é lançar-se ao infindo. Voltando as raízes senti o que da terra se deve levar. Mesmo que não haja justiça no amor ou em nada, isso agora me parece pouco. Queria pedir aos teus olhos que não fujam mais, mas de nada adianta a beleza da voz quando se tem no silêncio a certeza do seguro.

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